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Título: Atlas Abstrato

 

Exposição Coletiva

 

Local: Centro Cultural São Paulo (SP)

 

Período: novembro de 2016 a fevereiro de 2017.

 

Texto crítico: Juliana Monachesi

Texto crítico: Juliana Monachesi


     Uma das características da Coleção de Arte da Cidade de São Paulo que salta aos olhos é a presença de um corpo significativo de trabalhos de arte abstrata, sobretudo pela representatividade de artistas da “escola paulistana” de abstração contemporânea no acervo. São obras advindas da Seção de Arte, constituída por Sergio Milliet na Biblioteca Municipal (hoje, Mario de Andrade), obras incorporadas por meio do prêmio aquisitivo do Programa de Exposições do Centro Cultural São Paulo, doações de artistas, assim como trabalhos doados por colecionadores, como Paulo Figueiredo, entre outros.


     A presente exposição propõe atualizar a leitura crítica das linguagens abstratas da Coleção de Arte da Cidade de São Paulo à luz do conceito de “abstração como imagem”. Considerando que a herança abstrata já conta ao menos 100 anos, a ideia da curadoria é investigar como os artistas se apropriam das diferentes maneiras abstratas já inventariadas ao longo deste século abstrato e como as reinterpretam, remixam, tensionam ou homenageiam. Ou seja, um trabalho de arte abstrata hoje é apreendido levando em conta o “arquivo imagético” constituído material e imaterialmente nos últimos 100 anos. Apostando nessa abordagem, a proposta é criar diferentes cosmogonias, à maneira de Aby Warburg, evidenciando por meio de aproximações visuais as diversas formas como os artistas mobilizam o imaginário abstrato.

     A projeto Atlas Abstrato propõe um diálogo de forma não cronológica e não linear entre obras de cerca de 60 artistas integrantes do acervo da Coleção de Arte da Cidade de São Paulo e de outros 6 artistas convidados. Os trabalhos estão agrupados da seguinte maneira:


MAPA 1 – CONSTELAÇÃO
Ana Kalaydjian, Antonio Dias, Camilla Cerqueira Cesar, Edival de Andrade Ramosa, Farnese de Andrade, Gerty Saruê, Joan Miró, León Ferrari, Milton Marques, Sandra Cinto, Shirley Paes Leme, Thereza Miranda, Walter Lewy e Willian Ermete Callia

MAPA 2 – ORNAMENTO MAQUÍNICO
Anna Letycia, Belmonte, Bruno Munari, Fernand Leger, Fernando Lemos, Henrique Oliveira, Jacques Douchez, João Batista Pinheiro, Leda Catunda, Niobe Xandó, Tarsila do Amaral, Tatiana Blass, Theodoro Braga e Tomie Ohtake


MAPA 3 – MUROS E MÉTRICAS
Alfredo Volpi, Almir Mavignier, Antônio Lizárraga, Bartolomeo Gelpi, Célia Euvaldo, Cildo Meireles, Diego Belda, Edgar Braga, Eduardo Sued, Emanoel Araújo, Emmanuel Nassar, Geraldo de Barros, José Spaniol, Lenine Delima Medeiros, Paulo Pasta, Sérgio Sister e Tatiana Blass

MAPA 4 – TERRITÓRIO TELÚRICO
Ana Kalaydjian, Ana Kesselring, Carlito Carvalhosa, Claudio Cretti, Décio Pignatari, Dudi Maia Rosa, Gabriela Machado, José Lima, Paulo Monteiro, Rodrigo Andrade, Sergio Romagnolo, Shirley Paes Leme, Sonia Guggisberg e Stela Barbieri


MAPA 5 – TRAMAS
Adão Odacyr Pinheiro, Anatol Wladyslaw, Arthur Luiz Piza, Camilla Cerqueira Cesar, Edith Derdyk, Franz Weissmann, Fernando Lemos, Jagoda Buic, León Ferrari, Luiz Hermano, Maria Leontina, Nazareth Pacheco, Norberto Nicola e Pierpaolo Curti

 

 

 


ARTISTAS CONVIDADOS
Azeite de Leos, Monica Tinoco, Newman Schutze,
Rafael Alonso, Roberta Tassinari e Rodrigo Sassi


Apresentando uma resposta à pergunta sobre a atualidade da abstração no século 21, Atlas Abstrato pretende contribuir para o adensamento crítico e produção de conhecimento
sobre um tema fundamental da história da arte brasileira.

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